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domingo, 28 de agosto de 2016

Batida paraense faz sucesso na pista


Batida paraense faz sucesso na pista (Foto: Divulgação)
DJ Mam tem diversas parcerias com paraenses e já teve uma música remixada por Waldo Squash (Foto: Divulgação)
Já é reconhecido o espaço que a música paraense ganhou dentro e fora do país com nomes como Dona Onete e Gaby Amarantos, mas existe um segmento musical que tem cada vez mais adeptos da nossa peculiar batida dançante: a música eletrônica. DJs de todos os cantos do Brasil começam estão incluindo músicas paraenses nas suas mixagens, ou mesmo criando suas batidas inspirados em elementos do carimbó, do siriá e até do retumbão de Bragança.
Entre os destaques nacionais, temos o DJ Mam (RJ), que chegou a fazer parcerias com os músicos paraenses Marco André, o Trio Manari e Silvan Galvão, percussionista radicado no Rio de Janeiro e que em breve deve ter um carimbó de sua autoria remixado pelo DJ carioca.
“A primeira música que identifiquei como ‘paraense’ foi quando eu era muito criança. Era ‘Sinhá Pureza’, do Pinduca. Dancei eesa música na escola misturada com coisas de quadrilha junina, ou seja, eu já conheci a música do Pará a partir de uma mistura. E anos depois, com a Gaby e o tecnobrega”, conta o DJ.
No disco “Sotaque Carregado”, no qual DJ Mam se propunha a trazer diversos ritmos do Brasil somados à música eletrônica, o Pará não teve como ficar de fora. “O coprodutor do disco era também co-produtor do Trio Manari, conhecia meu interesse pela cultura do Pará e me convidou para compor uma música para o disco deles. A minha ideia foi fazer um diálogo entre o samba do Rio e o carimbó do Pará, e nasceu a música ‘Sambarimbó’, que depois eu remixei para o meu disco”, explica.

Sotaque carregado
Para internacionalizar essa conexão Rio-Pará, DJ Mam afirma que não podia existir ferramenta melhor que a música eletrônica. “Ela serve como veículo para apresentar ao mundo a música brasileira”, defende. E parece que esse “veículo” é mesmo eficaz.
DJ Deeplick, conhecido por trabalhos com Shakira e Claudia Leitte, em 2014 remixou “Sambarimbó” e ela foi parar em disco do selo dinamarquês Music for Dreams. Em 2015, Mam incluiu esta versão de Deeplick no álbum “Sotaque Carregado”, indicado ao Prêmio da Música Brasileira.
O DJ alemão Daniel Haaksman tem um remix para “Problema Seu”, de Felipe Cordeiro, e os ingleses do Pet Shop Boys lançaram este ano o álbum “Super”, com a faixa “Twenty-Something” no ritmo do tecnobrega.
Mam ainda aguarda ansiosamente autorização de Dona Onete para um remix da música “Jamburana” e muito se emociona com o remix de “Streap Cabocla”, de sua autoria. “Eu a fiz toda inspirada no tecnobrega do Waldo Squash. Chamei o Uaná System (projeto de Waldo com Luan Rodrigues) para remixá-la e, quando ouvi a versão deles, chorei muito”, conta o carioca.

CONHEÇA OUTROS DJS BRASILEIROS QUE CURTEM UMA BATIDA DIFERENTE

 Banguês e Marujada
Músico, pesquisador, produtor, filho de paraense, DJ Tudo (SP) não só inclui vários ritmos à sua atuação como DJ, mas realmente desenvolve um trabalho de registro de músicas tradicionais. Ele costuma vir muito a Cametá e se diz um apaixonado pelos bois paraenses, o samba de cacete e o banguê. Entre as muitas pesquisas de ritmos que já fez por aqui, pode-se incluir ainda os ritmos que compõem a tradicional festividade da Marujada de Bragança.

Beats Tropicais
Músico, sound designer e pesquisador, DJ Tide (SP) sempre teve grande interesse pela cultura popular das regiões tropicais. Entre seus remixes está “Stream Carimboss”, uma releitura de “Sinhá Pureza”, e a toada “Eu Não Sou Norte-Americano”, do paraense Mestre Cardoso, que na gravação ainda inclui arranjo e flauta do paraense Fábio Cavalcante, além de banjo e vocal de Allan Carvalho.

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